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          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Educação no Jardim do Éden
Sábado à tarde
Domingo
A primeira escola

Embora não pensemos em um jardim como sala de aula, a comparação faz sentido, especialmente um jardim como o Éden, repleto das riquezas intactas da criação. Da nossa perspectiva atual, é difícil imaginar quanto esses seres não caídos, em um mundo não caído e sendo ensinados por seu Criador, devem ter aprendido nessa “sala de aula”!

1. Leia Gênesis 2:7-23. Em sua opinião, qual foi o propósito de Deus em criar, estabelecer e empregar Adão?

Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e lhes deu um lar e um trabalho significativo. Quando consideramos a dinâmica professor-­aluno, esse é um relacionamento ideal. Deus conhecia as habilidades de Adão porque Ele o tinha criado. Podia ensinar Adão, sabendo que ele poderia alcançar todo o seu potencial.
Deus deu responsabilidades ao ser humano e desejava que a humanidade fosse feliz. E talvez, um dos meios para dar felicidade à família humana foi conceder-lhe responsabilidades. Afinal, quem não obtém satisfação, e até mesmo felicidade, de receber responsabilidades e cumpri-las fielmente? Deus conhecia o coração de Adão e o que ele precisaria para prosperar. Por isso, deu a ele a tarefa de cuidar do jardim. “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2:15). Pelo fato de conhecermos apenas este mundo de pecado e morte, é difícil imaginar o que o trabalho envolvia e as lições que, evidentemente, Adão aprendeu enquanto trabalhava e cuidava do jardim, seu lar.
Em Gênesis 2:19-23, Deus criou animais para serem companheiros de Adão e criou Eva como esposa dele. Deus sabia que ele precisava da companhia e auxílio de um par. Então, criou a mulher.
Deus também sabia que o homem necessitava estar em íntimo relacionamento com Ele. Por isso, criou um espaço particular no Éden dentro dos limites do jardim. Tudo isso comprova o propósito de Deus na criação e Seu amor pela humanidade. Novamente, pela grande distância entre nós e o Éden, é difícil imaginar como ele deve ter sido – embora seja agradável tentar imaginar, não é mesmo?

Embora estejamos distantes do Éden, aprendemos lições com a natureza. Quais são algumas dessas lições e como nos beneficiamos delas ao interpretá-las através das lentes das Escrituras?

Ano Bíblico: Sofonias
Ano Bíblico: Habacuque
Segunda-feira
Ano Bíblico: Ageu
Terça-feira
Negligenciando a mensagem

Como vimos na lição de ontem, apesar da clara ordem de Deus, Eva, mesmo em sua linguagem, atenuou o que havia sido ensinado. Embora ela não tivesse interpretado mal o que o Senhor lhe havia dito, ela evidentemente não levou a questão a sério o suficiente. É difícil descrever as terríveis consequências de suas ações.
Portanto, quando Eva encontrou a serpente, ela lhe repetiu (mas não exatamente) o que Deus havia dito sobre as árvores do jardim (Gn 3:2, 3). Evidentemente, essa mensagem não era novidade para a serpente, que estava familiarizada com a ordem e, portanto, bem preparada para ­distorcê-la, roubando assim a inocência de Eva.

3. Examine Gênesis 3:4-6. Além de negar o que Deus havia dito, o que mais a serpente disse para enganar a mulher? De quais princípios ela se aproveitou?

Quando a serpente disse à Eva que parte da mensagem estava incorreta, a mulher poderia ter consultado a Deus. Esta é a beleza da educação do Éden: o acesso que os alunos tinham ao seu poderoso Mestre estava certamente além de qualquer compreensão humana. No entanto, em vez de fugir, em vez de procurar a ajuda divina, Eva aceitou a mensagem da serpente. Aceitar a revisão da mensagem proposta pela serpente exigia da parte de Eva certa dúvida em relação a Deus e ao que Ele havia dito.
Entretanto, Adão entrou numa situação difícil. “Adão compreendeu que sua companheira havia transgredido a ordem de Deus, desrespeitando a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta interior. Lamentou haver permitido que Eva se afastasse dele. Agora, porém, a ação estava praticada; ele devia se separar daquela cuja companhia tinha sido sua alegria. Como poderia suportar isso?” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 56). Infelizmente, apesar de saber distinguir o certo do errado, Adão também fez uma escolha errada.
Pense na ironia enganosa aqui: a serpente disse que, se eles comessem da árvore, seriam “como Deus” (Gn 3:5). Mas Gênesis 1:27 não afirma que eles já eram como Deus? Como podemos ser facilmente enganados e por que a fé e a obediência são nossa única proteção, mesmo quando recebemos a melhor educação, como Adão e Eva receberam?

Pense na ironia enganosa aqui: a serpente disse que, se eles comessem da árvore, seriam “como Deus” (Gn 3:5). Mas Gênesis 1:27 não afirma que eles já eram como Deus? Como podemos ser facilmente enganados e por que a fé e a obediência são nossa única proteção, mesmo quando recebemos a melhor educação, como Adão e Eva receberam?
Ano Bíblico: Zc 1-4
Quarta-feira
Recuperando o que foi perdido

Ao escolherem obedecer à mensagem da serpente, Adão e Eva enfrentaram, entre muitas outras consequências, a expulsão da sala de aula de Deus. Pense no que eles perderam por causa do pecado. Quando entendemos sua queda podemos compreender melhor o propósito da educação para nós na atualidade. Apesar de terem sido expulsos, a vida no mundo imperfeito inaugurou um novo propósito para a educação.
Antes da queda, a educação era a maneira pela qual Deus fazia com que Adão e Eva conhecessem Seu caráter, Sua bondade e Seu amor. Após a expulsão deles, a obra da educação passou a ser ajudar a humanidade a conhecer essas coisas, bem como recriar a imagem de Deus em nós. Apesar de sua remoção física da presença do Senhor, os filhos de Deus ainda podem conhecer Sua bondade e Seu amor. Por meio da oração, serviço e estudo de Sua Palavra, podemos nos aproximar de Deus como Adão e Eva faziam no Éden.
A boa notícia é que, por causa de Jesus, e do plano da redenção, nem tudo está perdido. Temos a esperança de salvação e restauração. E a educação cristã deve conduzir os alunos a Jesus, ao que Ele fez por nós e à restauração que Ele oferece.

4. Leia 2 Pedro 1:3-11. À luz de tudo o que se perdeu quando o ser humano deixou o jardim, esses versos nos mostram que muito pode ser recuperado. O que devemos fazer para buscar a restauração da imagem de Deus em nossa vida? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Buscar todas as virtudes que Cristo nos oferece, como a fé, a perseverança, o conhecimento e o domínio próprio.
B.( ) Devemos fazer penitências.

Por meio de Jesus recebemos “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Que promessa! Quais são algumas dessas coisas? Pedro nos deu uma lista: fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança e assim por diante. Observe também que o conhecimento é uma das coisas mencionadas por Pedro. Evidentemente, essa ideia leva à noção de educação. A verdadeira educação leva ao verdadeiro conhecimento, o conhecimento de Cristo, e, assim, não apenas nos tornamos mais semelhantes a Ele, como também podemos compartilhar nosso conhecimento Dele.

Pense por um momento no fato de que a árvore proibida era a árvore do “conhecimento do bem e do mal”. Por que nem todo conhecimento é bom? Como sabemos a diferença entre o conhecimento bom e o ruim?
Ano Bíblico: Zc 5-8
Quinta-feira
Os que desprezam a autoridade

Na sala de aula, alguns são considerados “estudantes por natureza”. Eles mal precisam estudar para obter excelentes notas. Absorvem a matéria facilmente. O conhecimento deles parece se “fixar”. No entanto, em 2 Pedro, capítulos 1 e 2, vemos que nossa educação em Cristo é uma experiência de oportunidades iguais para aqueles que se dedicarem.
As palavras encorajadoras de 2 Pedro 1 estão em contraste com a séria advertência de 2 Pedro 2.

5. Leia 2 Pedro 2:1-17. Quais palavras fortes e condenatórias foram apresentadas nesse texto? Ao mesmo tempo, em meio a essa severa advertência e condenação, que grande esperança nos é prometida?

Observe o que Pedro escreveu no verso 10 sobre aqueles que desprezam a autoridade. Que repreensão severa ao que também é uma realidade em nossos dias! Como corpo da igreja, devemos trabalhar com base no princípio de que devem existir certos níveis de autoridade (veja Hb 13:7, 17, 24), e somos chamados a nos submeter e obedecer-lhes, pelo menos na medida em que essas autoridades estão sendo fiéis ao próprio Senhor.
No entanto, em meio a essa dura condenação, Pedro apresentou, no verso 9, um contraponto, ao afirmar que, embora Deus seja poderoso para expulsar aqueles que escolheram o engano, “sabe livrar da provação os piedosos”. Seria possível que parte de nossa educação cristã não seja apenas evitar a tentação, mas também descobrir as maneiras pelas quais Deus nos livra dela, além de nos proteger dos que introduzem, “dissimuladamente, heresias destruidoras” (2Pe 2:1)? Além disso, já que o desprezo à autoridade é condenado, nossa educação não deveria consistir em aprender o caminho certo para compreender e obedecer aos que nos guiam, e nos submeter a eles (Hb 13:7)?
Embora não se possa dizer que Adão e Eva desprezaram a autoridade, eles acabaram desobedecendo ao Criador. E o que tornou sua transgressão tão grave foi que eles a cometeram em resposta a uma flagrante contradição daquilo que a autoridade, o próprio Deus, lhes havia ordenado, para seu próprio bem.

Reflita nessa questão da autoridade, não apenas na igreja e na família, mas na vida em geral. Por que o exercício adequado da autoridade bem como a submissão adequada a ela são tão importantes? Apresente sua resposta à classe no sábado.

Ano Bíblico: Zc 9-11
Sexta-feira
Estudo adicional

“O santo casal não era apenas formado por filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas alunos recebendo instrução do sábio Criador. Eram visitados pelos anjos e podiam ter comunhão com seu Criador, sem nenhum véu de separação. Estavam cheios do vigor proporcionado pela árvore da vida, e sua capacidade intelectual era só um pouco menor do que a dos anjos. Os mistérios do universo visível – “maravilhas Daquele que é perfeito em conhecimento” (Jó 37:16) – conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e prazer. As leis e os fenômenos da natureza, que têm incentivado o estudo dos homens durante 6 mil anos, estavam abertos à sua mente pelo infinito Construtor e Mantenedor de tudo. Interagiam com as folhas, flores e árvores, aprendendo de cada uma os segredos de sua vida. Adão estava familiarizado com cada criatura vivente, desde o poderoso leviatã que brinca nas águas até a menor criatura que flutua à luz de um raio de sol. Ele tinha dado a cada um seu nome e conhecia a natureza e hábitos de todos. A glória de Deus nos Céus, os mundos inumeráveis em seus ordenados movimentos, o “equilíbrio das nuvens” (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite – tudo estava ao alcance da compreensão de nossos primeiros pais. Em cada folha na floresta ou pedra nas montanhas, em cada estrela brilhante, na terra, no ar e no céu, estava escrito o nome de Deus. A ordem e a harmonia da criação lhes falavam de sabedoria e poder infinitos. Estavam sempre descobrindo alguma atração que lhes enchia o coração de um amor mais profundo e provocava novas expressões de gratidão” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 50, 51).

Perguntas para consideração
1. A escola e o trabalho deviam ser oportunidades para conhecer o Criador e a criação. Como conhecer a Deus por meio do trabalho, educação, voluntariado e ministério?
2. Diante da astúcia de Satanás no Éden, ficamos frustrados com nossa fraqueza? Adão e Eva sabiam que Deus estava próximo, mas aceitaram a meia-verdade da serpente. Como encontrar o poder divino para vencer a tentação?
3. Por que é importante obedecer às autoridades? O que acontece quando os limites da autoridade ficam obscuros? Como reagir diante de abusos de autoridade?
Ano Bíblico: Zc 12-14
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que Deus Se mostra grande em Seu poder! Quem é mestre como Ele?” (Jó 36:22).

LEITURAS DA SEMANA: Gn 2:7-23; 3:1-6; 2Pe 1:3-11; 2:1-17; Hb 13:7, 17, 24

A maioria dos estudantes da Bíblia conhece a história de Gênesis 1–3 e seus personagens: Deus, Adão, Eva, os anjos e a serpente. O cenário é um esplêndido jardim em um paraíso chamado “Éden”. O enredo parece obedecer a uma sequência lógica de eventos: Deus criou e, em seguida, instruiu Adão e Eva. Eles pecaram e foram banidos do Éden. No entanto, uma análise mais detalhada dos primeiros capítulos de Gênesis, especialmente através das lentes da educação, revelará percepções sobre os personagens, o cenário e a história.
“O método de educação instituído ao princípio do mundo deveria ser para o homem o modelo durante todo o tempo subsequente. Como ilustração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden, o lar de nossos primeiros pais. O Jardim do Éden era a sala de aula; a natureza, o compêndio; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família humana, os alunos” (Ellen G. White, Educação, p. 20).
O Senhor foi o fundador, diretor e professor dessa primeira escola. Mas, como sabemos, Adão e Eva, por fim, escolheram outro professor e aprenderam as lições erradas. O que aconteceu? Por quê? O que aprendemos com esse relato inicial da educação e como ele pode nos ajudar hoje?
Lição da Escola Sabatina
 
Intromissão

Uma das alegrias dos professores é organizar a sala de aula: pendurar quadros de avisos, organizar suprimentos e tornar a sala agradável. Considerando a visão de Deus para Sua sala de aula, o Jardim do Éden, vemos o cuidado divino ao preparar um ambiente de aprendizado para Adão e Eva. Ele desejava cercá-los de beleza. Cada flor, pássaro, animal e árvore oferecia uma oportunidade para aprender mais sobre o mundo e sobre o Criador.
No entanto, há uma mudança abrupta de Gênesis 2 para Gênesis 3. Listamos as coisas boas criadas por Deus. Mas em Gênesis 3:1 nos damos conta de Sua provisão para o livre-arbítrio. A presença da serpente, “mais sagaz que todos os animais selváticos”, é um afastamento da linguagem usada até então. Palavras como “muito bom”, “não se envergonhavam” e “agradáveis” são adjetivos usados para descrever a criação nos capítulos anteriores. Em seguida, porém, com a serpente, há uma mudança de tom. A palavra “sagaz” também é traduzida em algumas versões como “astuta”. De repente, um elemento negativo é introduzido no que, até então, era apenas perfeição.
Em contraste com isso, Deus é apresentado como o oposto de “astuto”. Ele é claro sobre Suas expectativas para o casal. A ordem de Gênesis 2:16, 17 mostra que Deus havia estabelecido uma regra a que eles deviam obedecer: não deviam comer da árvore proibida.
De tudo o que podemos extrair dessa história, uma coisa se destaca: Adão e Eva foram criados como seres morais livres, capazes de escolher entre a obediência e a desobediência. Portanto, desde o início, mesmo em um mundo não caído, podemos ver a realidade do livre-arbítrio humano.

2. Leia Gênesis 3:1-6 e examine as descrições que a serpente usou e que Eva aceitou. O que você observa sobre as informações que a serpente apresentou à mulher? De que modo Eva passou a considerar a árvore do conhecimento do bem e do mal?

Em Gênesis 2:17, o Senhor disse a Adão que se ele comesse da árvore “certamente” morreria. Quando Eva, em Gênesis 3:3, repetiu a ordem, ela não a expressou com tanta intensidade, deixando de fora a palavra “certamente”. Em Gênesis 3:4, a serpente colocou a palavra de volta, mas em completa contradição com o que Deus havia dito. Parece que, embora Eva tivesse sido ensinada por Deus no jardim, ela não levou tão a sério quanto deveria o que tinha aprendido, como podemos ver pela própria linguagem usada por ela.